terça-feira, 3 de março de 2009

Autenticidade

Autenticidade

 

 Por: Ludyanne Cabral.

 

Muitas pessoas falam dessa palavra como se fosse fácil praticá-la. Na verdade ser autêntico é vontade de muitos e virtude de poucos. Sim, é uma virtude! Não pense que estou equivocada! Você poder e ser você mesmo é uma das coisas de melhor que pode vir do ser humano, pois cada um nasceu com uma personalidade. Cada pessoa é única.

Na verdade, ser autêntico às vezes fica um pouco difícil, já que em muitas pessoas predominam aquele terrível sentimento de querer ser como o outro, de copiar a outra pessoa. Têm pessoas, que apesar de terem tudo, por vezes acabam copiando aquele que nada têm. Que têm apenas um belo sorriso constante no rosto, que lutam pelo que querem, que sabem encarar esse jogo da vida.

Seres que não sabem agir com a sua personalidade, que copiam ou invejam pessoas que lidam com a vida com total facilidade e harmonia, vivem na hipocrisia sempre. Pessoas assim ainda não sabem o que é felicidade, não vivem suas próprias vidas, nunca se satisfazem com nada, são amargurados.

            É necessário ser quem somos, sem sofisticações e hipocrisias, defendendo nossas respectivas identidades. Só assim é possível encontrar o verdadeiro sabor da felicidade!

 

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Educação Afetiva

 

 

Por: Ludyanne Cabral

 

 

            Quando falamos de afeto na área educacional, temos que voltar nossos olhos para a qualidade da relação entre professor e aluno e também para a relação com todas os funcionários do ambiente escolar.

            Não é possível ver o professor apenas como aquele que dá sua aula, aplica e corrigi provas. O seu significado é bem maior. O professor é quem vai transformar ainda mais o aluno em pessoa humana, juntamente com todo o apoio da família do aluno.

            Todo professor é responsável pelo desenvolvimento, sucesso ou fracasso de seu aluno. O professor é o construtor de cidadãos, mas para que essa construção seja digna, é necessário que haja uma relação AFETUOSA do professor com seus alunos.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Análise do "Soneto de Fidelidade"

soneto de fidelidade

vinicius de moraes

Composição: Vinicius de Moraes / Capiba

De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure


Análise

A lírica de Vinicius de Moraes é um soneto, pois possui dois quartetos e dois tercetos. As rimas do poema são externas, ocorrem sempre ao final de cada verso. Nos quartetos temos rimas interpoladas e emparelhadas (ABBA), e nos tercetos as rimas são misturadas. Quanto a métrica, os versos são clássicos, pois têm o mesmo número de sílabas em todo o poema, são todos decassílabos.

O soneto fala especificamente do amor. O eu lírico deixa claro que quer aproveitar cada momento ao máximo, sendo atencioso e zeloso com seu amor. Quer demonstrar a todos o que sente, e estar ao lado da pessoa amada nos momentos bons e ruins. Quando o eu lírico começa a falar de morte e solidão, já fica claro que não acredita na eternidade do sentimento.

No verso “Eu possa me dizer do amor (que tive)”, o poeta deixa transparecer uma desilusão amorosa, talvez por isso não acredite no “amor eterno”.

 Quando utiliza a expressão “posto que”, pelo contexto, dá um valor causal a ela, significando “visto que”, “já que”, “uma vez que”. O poeta diz que não espera que o amor seja imortal visto que é chama, precisamente porque é chama e, tal como a chama se extingue, assim acontece com o amor. Esta é uma forte característica dos poemas de Vinicius de Moraes, destruir a noção da eternidade do amor. Porém, ao dizer “Mas que seja infinito enquanto dure”, confirma a idéia de aproveitar cada momento com seu amor, mas sem pensar no amanhã e sim aproveitando o presente.

A linguagem do soneto é muito clara, não há vocábulos desconhecidos. Porém é culta. Também não aparece o uso de figuras de linguagem.